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FABIANA MURER

Eleva o Brasil no salto com vara com seus títulos


Assessoria de Comunicação

Fabiana de Almeida Murer

Data e local de nascimento: 16/3/1981, em Campinas (SP)

Prova: Salto com vara

Principais conquistas: Primeira mulher campeã mundial indoor em Doha-2010 e primeira campeã mundial outdoor do atletismo brasileiro com a medalha de ouro no Mundial de Daegu-2011 prata no Mundial de Pequim-2015, recordista sul-americana com 4,87 m em Jogos Pan-Americanos campeã no Rio-2007 e medalhas de prata em Guadalajara-2011 e Toronto-2015 foi campeã da Liga Diamante em 2010 e 2014.

 

Fabiana Murer colocou o salto com vara, uma prova sem grande tradição no Brasil e de difícil compreensão por ser extremamente técnica, no radar do esporte brasileiro e mundial. A saltadora desafiou as dificuldades e foi uma pioneira conquistando dois títulos mundiais - no total tem quatro medalhas ganhas em Mundiais - e batendo recordes brasileiros e sul-americanos. Permaneceu por 10 anos consecutivos entre as dez primeiras do mundo.

Tornou-se a primeira mulher campeã mundial do atletismo brasileiro, em qualquer categoria, ao vencer o Mundial Indoor de Doha, no Catar (em 14/3/2010), com 4,80 m. O pioneirismo se repetiu no ano seguinte no Mundial de Daegu-2011, na Coreia do Sul (em 30/8/2011), com novo ouro inédito em estádio aberto e um salto de 4,85 m. Fabiana foi campeã mundial, duas vezes, em provas nas quais Yelena Isinbayeva, o maior nome da história do salto com vara feminino, estava presente.

Tem mais duas medalhas ganhas em Mundiais: a de bronze (4,70 m) no Mundial Indoor de Valência-2008, na Espanha (8/3/2008), e a de prata no Mundial de Pequim (26/8/2015), na China, repetindo a marca de 4,85 m.

Fabiana conseguiu classificação para seu primeiro Mundial adulto em Helsinque-2005 e saltou 4,40 m, recorde brasileiro, mas não avançou à final. Competiu no Mundial de Osaka-2007, no Japão, fez 4,65 m - ficou com a sexta colocação. No Mundial de Berlim-2009, na Alemanha, foi quinta colocada, com 4,55 m. No Mundial de Moscou-2013, disputado no mesmo estádio dos Jogos Olímpicos de 1980, também foi à final da prova e terminou em quinto lugar, com 4,65 m.

Foi a mais duas finais em Mundiais Indoor, ficando em quarto em Sopot-2014, na Polônia, com 4,70 m, e em sexto em Portland-2016, nos Estados Unidos, com 4,60 m.

Fabiana brilhou no circuito mundial da World Athletics. Ganhou 14 etapas da Liga Diamante e tem dois troféus - uma joia lapidada na Europa - por suas vitórias no circuito nobre do atletismo mundial em 2010 e 2014.

Fabiana Murer também é campeã pan-americana, título conquistado no Rio de Janeiro-2007, diante da torcida brasileira no Engenhão, com 4,60 m. E tem mais duas medalhas de prata, conquistadas em Toronto-2015, no Canadá, com 4,80 m, e na edição de Guadalajara-2011, com 4,70 m.

Disputou três edições de Jogos Olímpicos. Em Pequim-2008, na China, enfrentou o sumiço de uma de suas varas (ficou em 10º, com 4,45 m). A vara havia sido retirada de seu tubo no depósito da Vila Olímpica. Na Olimpíada de Londres-2012, na Grã-Bretanha, quando já era campeã mundial duas vezes e campeã da Liga Diamante, a prova foi prejudicada pelo vento (saltou 4,50 m). Na véspera dos Jogos Olímpicos do Rio-2016 teve hérnia de disco cervical e não conseguiu se recuperar para saltar bem.

Fabiana é recordista sul-americana da prova, com 4,87 m (3/7/2016), marca obtida em São Bernardo do Campo, São Paulo. Também é recordista indoor brasileira e sul-americana, com 4,83 m, salto feito em Nevers, França (7/2/2015).

O início - Começou na ginástica artística aos 7 anos, levada pela mãe Neusa - a família sempre gostou de esportes. Competiu nas categorias menores, mas ficou muito alta - media 1,69 m e ainda cresceria até 1,72 m. Tentou a natação, que era praticada pelas irmãs Fernanda e Flávia, pensou no vôlei, mas foi para o atletismo depois que o pai Vanderlei viu um anúncio de jornal sobre testes para a escolinha da Funilense, em Campinas. Em 1997, fez um teste para o atletismo (corrida de 50 m, 1.000 m e salto em distância) na Orcampi.

Quando soube que ela já praticara ginástica artística, o técnico Elson Miranda de Souza encaminhou a então adolescente para o salto com vara. Passou da Orcampi para a Funilense, que depois se transformaria no Clube de Atletismo BM&FBovespa, e veio treinar, na pista do Constâncio Vaz Guimarães, o Estádio do Ibirapeura, em São Paulo.

Tinha potencial de saltadora por causa de seu biótipo, força no braço, noção de movimentação no espaço. O salto com vara para mulheres era uma novidade, oficializada havia pouco tempo, com seu primeiro recorde mundial registrado oficialmente 1992. Fabiana cresceu junto com a prova.

Em um ano na prova fez o índice para o Mundial de Juvenis de Annecy-1998, na França. Foi a caçula da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg-1999, no Canadá.

A técnica de Fabiana mudou - ela detinha o recorde brasileiro, de 3,91 m em 2001 - e teve de reaprender a saltar. Perdeu peso, passou a treinar mais investindo no novo salto. Precisou de determinação, mas conseguiu se desenvolver com Elson e em clínicas com Petrov.

Fez uma bonita carreira por 20 anos e deixou as pistas em 2016. Fabiana Murer é fisioterapeuta e sócia-proprietária no Insport, em São Paulo, onde desenvolveu o Método Murer de Treinamento, casada com Elson desde 2010 é mãe de Manuela, nascida 2017.